segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O iluminado- Livro de Stephen King




"Podemos considerar dentre os livros de King como um dos melhores e mais assustadores.
O Iluminado narra a história de Danny, um garoto “iluminado”, capaz de ver o passado, o futuro e de sentir o que se passa no ambiente. 
A narração inspirada de king nos faz conhecer o relacionamento problemático do pai, Jack Torrance com o menino e a mulher. Jack que já apresenta um estado psicológico frágil e instável por conta de ser um escritor sofrendo de bloqueio criativo, desempregado e apegado ao vicio do alcoolismo. Jack vê a esperança de melhorar seu relacionamento com a família quando aceita um emprego num dos hotéis mais isolados do mundo. Só que o Overlook é um hotel que guarda muitos segredos. Assim como casas antigas, porões, hotéis carregados de histórias. Imagine os hotéis por onde você e tantas outras pessoas passaram. Cada pessoa deixa um parte sua no lugar, como uma impressão digital permanente. Você poderia passar pelo hotel sem notar nada de estranho, mas se você fosse um iluminado ou uma pessoa que sofresse com crise de abstinência e bloqueio criativo (como o pai de Danny, Jack) as coisas poderiam ficar um pouco complicadas. Não acha? Essa é a premissa do livro. Um hotel isolado pela neve, onde a ajuda pode custar meses pra chegar. 
Ahhhhhhhhhhhh! Droga, hein? Danny é um bom garoto, mas e Jack? Ele é um bom pai ou pelo menos  tenta ser. Deseja isso mesmo, mas o Overlook está carregado de vozes, sussurros e tentações para Jack não ser um bom papai!!
Venha passar umas férias neste hotel e reze para sair!"
                             
                                                             
                                                                   Trailer do filme:                                                        

Trailer da minissérie:

O livro foi escrito em 1977 e adaptado para o cinema em 1980 por Stanley Kubrick, fez sucesso, mas só conseguiu indicação para o Framboesa de Ouro, como Pior diretor. Até mesmo o próprio autor criticou duramente o filme, alegando que Kubrick, além de modificar sua história, também não retratou o mesmo clima de terror de seu livro. A meu ver, foi exatamente isso. O filme recria a história de Stephen King, usando de cenas que simplesmente não existem no livro. A cena do homem que estava no baile de máscaras usando uma de cachorro, é descrita com perfeição pelo autor, com toques de suspense e tensão, Tal qual a cena em que o garoto brinca no parque do hotel. Duas cenas fantásticas, que simplesmente passaram despercebidas no filme. 
 Mais tarde, em 1997 o livro foi adaptado para minissérie na televisão, trazendo no elenco a famosa Rebecca De Mornay. Têm duração de mais ou menos 6 horas e retrata bem mais a história e o clima do livro. Mas apesar dos esforços, o livro é simplesmente fantástico, assustador e envolvente. 
Devem estar pensando que o livro é sempre melhor do que o filme. Ledo engano. Para quem acompanha minhas postagens, poderão conferir, num futuro bem próximo, a análise de algumas adaptações de livros para o cinema, onde o livro é praticamente o mesmo do retratado no filme, ou que o filme é bem melhor que o livro. Fiquem atentos!!!!!!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

As ruínas- Livro de Scott Smith


"A narrativa tem início em algum ponto de Cancun, onde dois casais norte-americanos passam tranquilamente suas férias. Em meio ao paradisíaco cenário, eles conhecem um jovem alemão, que está preocupado com o irmão que sumiu há alguns dias, após ter partido em uma expedição arqueológica alguns quilômetros dali. Os turistas resolvem acompanhar o sujeito, levando consigo um grego com quem fizeram amizade (ou ao menos, o mais próximo de amizade que se pode fazer com alguém que fala um dialeto impossível de compreender) e, guiados por um mapa, viajam até uma trilha inóspita nas matas mexicanas. Os habitantes do lugar tentam dissuadí-los de sua empreitada, mas eles insistem e acabam chegando às tais ruínas que procuravam, local onde o irmão do ariano supostamente deve estar. Para surpresa de todos, eles são cercados pelos nativos da região, que não os deixam sair do perímetro das ruínas; agora, eles precisam lutar para sobreviver em meio à uma estranha presença que parece rodeá-los, algo que pode estar mais próximo do que eles imaginam.

As Ruínas é a típica história de pessoas normais confrontadas por uma situação limite, presas em uma armadilha que parece ser impossível de escapar. Mesmo sabendo de antemão quem é o "monstro", vale muito a pena ler esse livro, cujo maior diferencial é o clima. Nunca antes li algo tão semelhante a um pesadelo, um longo sonho ruim onde sabemos desde o início que algo terrível vai acontecer, e ficamos com vontade de avisar os personagens para não fazerem aquilo, para voltarem atrás enquanto é tempo... No entanto, nada podemos fazer além de assistir o horrível destino para o qual se encaminham. A desesperança é tão marcante, que pode ser percebida logo nas primeiras linhas, em uma situação que, se narrada de outra forma, pareceria idílica.

Além disso, o autor sabe usar os lugares-comuns do gênero a seu favor: embora os personagens pareçam, de início, absolutamente clichês ("o espertão que manja tudo de sobrevivência", "a patricinha que não quer se aventurar no matagal", o "quieto", etc), aos poucos eles vão revelando facetas imprevisíveis, sutis, escapando de caírem na caricatura. A insuportável tensão que permeia o livro é, principalmente, psicológica. Assolados pelo desespero, sede e fome, os personagens começam a se rebelar entre si, provando mais uma vez que o pior monstro é o interior (eu sei, eu sei, muito profundo isso!).

Mas é claro, além do suspense, é preciso mostrar um pouco de sangue, e isso não falta em As Ruínas: momentos de horror, pavor e nojo aguardam pelos corajosos leitores, que já devem estar ansiosos em conhecer mais uma obra recomendada por este humilde bibliotecário.

Concluindo, As Ruínas é uma experiência intensa, algo que não sairá de suas mentes por algum tempo. E se não acreditam em mim, então acreditem nas palavras do mestre Stephen King, que se referiu ou livro como "um longo e desesperado grito de horror". 

Fonte: Biblioteca mal-assombrada


 O livro foi escrito em 2007 e adaptado para o cinema em 2008. Para aqueles que assistem ao filme, sem antes lerem o livro, podem achar que o filme foi bom, mas para todos os outros que tiveram a oportunidade de ler, com certeza se decepcionaram com o filme. Tá certo, a fotografia, a maquiagem, os atores e principalmente a locação, não foram os problemas a meu ver. Mas depois de ler um livro tão emocionante, daqueles que não se consegue parar de ler, achei o filme corrido demais, já que no livro, o autor consegue a façanha de trazer o fictício para o real. Só quem lê o livro pode entender a fundo o que isso significa. Recomendo mesmo a leitura deste.
Sejam bem-vindos ao Blog Biblio Cinéfila TSF, um lugar onde irei postar comentários de livros e de seus respectivos filmes, dos seguintes gêneros: Terror, Suspense e Ficção. Fiquem a vontade para comentar e criticar, mas por favor, críticas somente construtivas. Se quiserem, mandem sugestões, que postarei o devido comentário assim que ler o livro e ver o filme. Espero que gostem do blog. Obrigada pela visita!!!!! Divirtam-se!!!!!!!!