quarta-feira, 2 de março de 2011

A dança da morte- livro de Stephen King



"Sinopse: Um centro de armas biológicas nos EUA falha e uma gripe mutante e altamente adaptável foge e contamina 90% das população do país. Os sobreviventes buscam maneiras de reerguer a sociedade.
A Dança da Morte é talvez a maior obra de Stephen King. Ele próprio não crê nisso, mas seus fãs definitivamente não pensam assim. E não é pra menos, trata-se de uma excelente história distópica sobre o fim do mundo contada por intermédio das vidas dos personagens.
A maneira como King conta uma história tão grandiosa (não só no enredo mas no volume de espantosas 940 páginas) usando os personagens é fantástico. Cada uma das caras que aparece no livro arrebata o leitor, que fica com vontade de ler mais e mais. Até mesmo os “vilões” da história como Harold, são interessantes e cativantes.
Não a toa que os criadores de Lost, Carlton Cuse e Damon Lidelof já declararam que A Dança da Morte é uma das maiores influências do seriado.
Lost não é a única referência televisiva.
Interessante notar também o caráter religioso do pano de fundo da história. Após o hecatombe proporcionado pelo vírus os sobreviventes se reúnem naturalmente entre um lado “bom” e um “mau”. A velha Abagail, do lado do bem, fala como um pregador e defende um comportamento quase asceta. Já o vilão Randall Flagg é uma espécie de messias satânico que incentiva a maldade. Diante de óbvia influência cristã é estranho ouvir histórias de pastores queimando os livros de Stephen King, mas acontece.
Apesar disso, a leitura do livro é recomendada a todos os fãs de boas histórias, sobretudo aos fãs do seriado Lost."
                                                 Dança da morte em HQ;
      
                                                     Trailer da minissérie:

O livro foi publicado em 1978, sendo reeditado inúmeras vezes desde então. Em 1994 a ABC adaptou a obra para uma bem-sucedida minissérie televisiva. O livro foi adaptado também para os quadrinhos pela Marvel Comics, em diversas minisséries.
Apesar do livro ser bastante extenso, isso não faz em momento algum que este fique enfadonho. Pelo contrário, prende bastante a atenção, sempre incutindo a curiosidade do leitor para o desfecho da história. Até onde fiquei sabendo o livro vai virar filme ainda este ano, mas podemos encontrar em dvd aqui no Brasil a tão famosa minissérie, que tem duração de 6 horas. Para esta adaptação, tenho duas palavras: Ipses literis, para quem não conhece a expressão, ela tem origem latina, que significa "pelas mesmas palavras". Usado para indicar que um texto foi transcrito fielmente. Bom, só por aí vocês já entenderam que apesar da série ser longa, ela é EXATAMENTE o que está no livro. Ou quase. A única diferença: no livro tem uma garota que passa pela história, uma única vez, simplesmente comentando algo com alguém,  depois disso, a personagem desaparece. É como aquelas pessoas que encontramos casualmente e depois nunca mais a vimos. Pois é, na minissérie ela simplesmente não existe. A única fala dela no livro é dita por um outro personagem na série. O que para mim, não influenciou em nada a história contada. Por isso digo que essa adaptação  foi LITERAL: o que tem no livro, tem na série da mesma forma. Boa notícia para que tem preguiça de ler um bom livro.


E aí? Cansaram de Stephen King? Eu nunca me canso, mas como o blog não  é direcionado só pra ele, aguardem a próxima postagem com outro autor. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Carrie- Livro de Stephen king

 

"Carrietta White é uma menina diferente das outras, seja socialmente ou biologicamente. Socialmente a vida de Carrie é extremamente conturbada. Desde criança ela foi criada pela mãe, uma mulher fervorosamente religiosa e muito fanática, disposta a tudo para agradar ao Senhor. Carrie foi criada nesse meio, sendo obrigada a pagar por seus "pecados" desde pequena. Biologicamente, Carrie manifesta alguns dons que poucas pessoas no mundo conseguem: a telecinese. Com sua mente, Carrie pode mover objetos e pessoas. É importante ressaltar a diferença entre telecinesia, que é a capacidade de mover objetos mentalmente, e telepatia, que é a capacidade de ler mentes. Carrie é telecinética.
Na escola, Carrie não possui amigos e é o foco das brincadeiras e zoações, devido ao seu comportamento, suas roupas e sua falta de amigos. É em uma dessas zoações que o dom da telecinesia fica claro para Carrie e, aos poucos, ela começa a se soltar das rédeas da mãe fanática. Essa libertação e uma brincadeira de muito mau gosto levam Carrie ao extremo e uma cidade inteira sucumbe em chamas.

O livro segue um estilo muito interessante, diferente de tudo que SK já fez. Durante o livro há trechos de outros livros, jornais, revistas e depoimentos (tudo fictício, obviamente) explicando sobre o dom da telecinese e sobre a tragédia que ocorre em Chamberlain, cidade de Carrie. Um fato interessante de se notar é que em Celular (Cell) e Under the Dome (dentre muitos outros), King não explica o motivo dos celulares causarem mal ou da redoma estar em volta da cidade. Porém, em Carrie, a explicação sobre o dom da telecinesia é minuciosamente profunda, inclusive contando com os trechos de livros e depoimentos citados anteriormente.
Ao ler o livro, percebemos que King nasceu para escrever. Ele pode ter melhorado com o tempo, mas ele já começou bem e o final, se não incrível, é muito bom. Há gente que prefere dizer que King escreve suspense e outros dizem que ele escreve terror. De fato, King já andou por ambos os caminhos, inclusive misturando-os e Carrie pode ser considerado um terror com drama muito bem feito, ainda que um livro muito curto para os padrões de King."
Fonte:sk dark tower
                                                                     Trailer do filme:


Comercial de carrie o musical:



Trecho do musical:


Stephen King, durante o colégio, conheceu 2 meninas problemáticas: fanáticas religiosas, com pais severos e sérios problemas sociais. Ambas suicidaram-se... Isso marcou King e abriu sua mente para Carrie, culminando em seu primeiro livro publicado. Mas antes disso, King abandonou a idéia e só retomou-a quando sua esposa, Tabitha King, encontrou os manuscritos no lixo, leu-os e convenceu King a tentar publicá-los. O resto todos já sabem. Carrie, A Estranha (Carrie) foi publicado em 1974, sendo o primeiro livro publicado (não o primeiro a ser escrito) de Stephen King e que lançou o mestre em sua carreira como escritor, resultando em um filme em 1976, uma continuação independente em 1999, um musical em 1988 e um filme para televisão em 2002.
A meu ver, o livro é um pouco lento no início, mas depois isso muda. Como o autor descreve com precisão a vida de Carrie, você se pega em certos momentos torcendo para a personagem, apesar de achar tudo muito louco. A gente compreende melhor quem é Carrie e porque faz tudo. Já no filme, por não haver essa profunda compreensão, muitas vezes, se não todo o tempo, você acusa a personagem e a rotula de louca. Não que esta não seja, mas você nem ao menos lhe dá o "benefício da dúvida".

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O iluminado- Livro de Stephen King




"Podemos considerar dentre os livros de King como um dos melhores e mais assustadores.
O Iluminado narra a história de Danny, um garoto “iluminado”, capaz de ver o passado, o futuro e de sentir o que se passa no ambiente. 
A narração inspirada de king nos faz conhecer o relacionamento problemático do pai, Jack Torrance com o menino e a mulher. Jack que já apresenta um estado psicológico frágil e instável por conta de ser um escritor sofrendo de bloqueio criativo, desempregado e apegado ao vicio do alcoolismo. Jack vê a esperança de melhorar seu relacionamento com a família quando aceita um emprego num dos hotéis mais isolados do mundo. Só que o Overlook é um hotel que guarda muitos segredos. Assim como casas antigas, porões, hotéis carregados de histórias. Imagine os hotéis por onde você e tantas outras pessoas passaram. Cada pessoa deixa um parte sua no lugar, como uma impressão digital permanente. Você poderia passar pelo hotel sem notar nada de estranho, mas se você fosse um iluminado ou uma pessoa que sofresse com crise de abstinência e bloqueio criativo (como o pai de Danny, Jack) as coisas poderiam ficar um pouco complicadas. Não acha? Essa é a premissa do livro. Um hotel isolado pela neve, onde a ajuda pode custar meses pra chegar. 
Ahhhhhhhhhhhh! Droga, hein? Danny é um bom garoto, mas e Jack? Ele é um bom pai ou pelo menos  tenta ser. Deseja isso mesmo, mas o Overlook está carregado de vozes, sussurros e tentações para Jack não ser um bom papai!!
Venha passar umas férias neste hotel e reze para sair!"
                             
                                                             
                                                                   Trailer do filme:                                                        

Trailer da minissérie:

O livro foi escrito em 1977 e adaptado para o cinema em 1980 por Stanley Kubrick, fez sucesso, mas só conseguiu indicação para o Framboesa de Ouro, como Pior diretor. Até mesmo o próprio autor criticou duramente o filme, alegando que Kubrick, além de modificar sua história, também não retratou o mesmo clima de terror de seu livro. A meu ver, foi exatamente isso. O filme recria a história de Stephen King, usando de cenas que simplesmente não existem no livro. A cena do homem que estava no baile de máscaras usando uma de cachorro, é descrita com perfeição pelo autor, com toques de suspense e tensão, Tal qual a cena em que o garoto brinca no parque do hotel. Duas cenas fantásticas, que simplesmente passaram despercebidas no filme. 
 Mais tarde, em 1997 o livro foi adaptado para minissérie na televisão, trazendo no elenco a famosa Rebecca De Mornay. Têm duração de mais ou menos 6 horas e retrata bem mais a história e o clima do livro. Mas apesar dos esforços, o livro é simplesmente fantástico, assustador e envolvente. 
Devem estar pensando que o livro é sempre melhor do que o filme. Ledo engano. Para quem acompanha minhas postagens, poderão conferir, num futuro bem próximo, a análise de algumas adaptações de livros para o cinema, onde o livro é praticamente o mesmo do retratado no filme, ou que o filme é bem melhor que o livro. Fiquem atentos!!!!!!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

As ruínas- Livro de Scott Smith


"A narrativa tem início em algum ponto de Cancun, onde dois casais norte-americanos passam tranquilamente suas férias. Em meio ao paradisíaco cenário, eles conhecem um jovem alemão, que está preocupado com o irmão que sumiu há alguns dias, após ter partido em uma expedição arqueológica alguns quilômetros dali. Os turistas resolvem acompanhar o sujeito, levando consigo um grego com quem fizeram amizade (ou ao menos, o mais próximo de amizade que se pode fazer com alguém que fala um dialeto impossível de compreender) e, guiados por um mapa, viajam até uma trilha inóspita nas matas mexicanas. Os habitantes do lugar tentam dissuadí-los de sua empreitada, mas eles insistem e acabam chegando às tais ruínas que procuravam, local onde o irmão do ariano supostamente deve estar. Para surpresa de todos, eles são cercados pelos nativos da região, que não os deixam sair do perímetro das ruínas; agora, eles precisam lutar para sobreviver em meio à uma estranha presença que parece rodeá-los, algo que pode estar mais próximo do que eles imaginam.

As Ruínas é a típica história de pessoas normais confrontadas por uma situação limite, presas em uma armadilha que parece ser impossível de escapar. Mesmo sabendo de antemão quem é o "monstro", vale muito a pena ler esse livro, cujo maior diferencial é o clima. Nunca antes li algo tão semelhante a um pesadelo, um longo sonho ruim onde sabemos desde o início que algo terrível vai acontecer, e ficamos com vontade de avisar os personagens para não fazerem aquilo, para voltarem atrás enquanto é tempo... No entanto, nada podemos fazer além de assistir o horrível destino para o qual se encaminham. A desesperança é tão marcante, que pode ser percebida logo nas primeiras linhas, em uma situação que, se narrada de outra forma, pareceria idílica.

Além disso, o autor sabe usar os lugares-comuns do gênero a seu favor: embora os personagens pareçam, de início, absolutamente clichês ("o espertão que manja tudo de sobrevivência", "a patricinha que não quer se aventurar no matagal", o "quieto", etc), aos poucos eles vão revelando facetas imprevisíveis, sutis, escapando de caírem na caricatura. A insuportável tensão que permeia o livro é, principalmente, psicológica. Assolados pelo desespero, sede e fome, os personagens começam a se rebelar entre si, provando mais uma vez que o pior monstro é o interior (eu sei, eu sei, muito profundo isso!).

Mas é claro, além do suspense, é preciso mostrar um pouco de sangue, e isso não falta em As Ruínas: momentos de horror, pavor e nojo aguardam pelos corajosos leitores, que já devem estar ansiosos em conhecer mais uma obra recomendada por este humilde bibliotecário.

Concluindo, As Ruínas é uma experiência intensa, algo que não sairá de suas mentes por algum tempo. E se não acreditam em mim, então acreditem nas palavras do mestre Stephen King, que se referiu ou livro como "um longo e desesperado grito de horror". 

Fonte: Biblioteca mal-assombrada


 O livro foi escrito em 2007 e adaptado para o cinema em 2008. Para aqueles que assistem ao filme, sem antes lerem o livro, podem achar que o filme foi bom, mas para todos os outros que tiveram a oportunidade de ler, com certeza se decepcionaram com o filme. Tá certo, a fotografia, a maquiagem, os atores e principalmente a locação, não foram os problemas a meu ver. Mas depois de ler um livro tão emocionante, daqueles que não se consegue parar de ler, achei o filme corrido demais, já que no livro, o autor consegue a façanha de trazer o fictício para o real. Só quem lê o livro pode entender a fundo o que isso significa. Recomendo mesmo a leitura deste.
Sejam bem-vindos ao Blog Biblio Cinéfila TSF, um lugar onde irei postar comentários de livros e de seus respectivos filmes, dos seguintes gêneros: Terror, Suspense e Ficção. Fiquem a vontade para comentar e criticar, mas por favor, críticas somente construtivas. Se quiserem, mandem sugestões, que postarei o devido comentário assim que ler o livro e ver o filme. Espero que gostem do blog. Obrigada pela visita!!!!! Divirtam-se!!!!!!!!